terça-feira, 30 de novembro de 2010

memórias de um pesadelo.


Era uma tarde fria e chuvosa, o céu estava completamente nublado e as coisas, de alguma forma, não pareciam estar em seu devido lugar. Emilie estava tropeçando por entre as poças d'água enquanto caminhava de volta para sua casa, pensando em tudo, e ao mesmo tempo, em nada. Ela estava um pouco ofegante, não sabia exatamente o que estara acontecendo com si, mas resolveu não preocupar-se com isto.

Chegando em casa, enquanto chacoalhava o guarda-chuva para que o respingos não molhassem o tapete, Emilie deparou-se com a casa inteiramente vazia onde escutava-se somente o barulho da chuva que batera no vidro da janela da sala de estar. Subiu para seu quarto. Tudo estava escuro e vazio, e por um minuto Emilie pensou estar tendo um pesadelo, algo terrível estava acontecendo. Sensações. Sensações nada agradáveis.

Ela olhara em sua volta e percebera que o lugar estava com uma espécie de "energia ruin", algo que não teria como explicar. Sentada em sua cama, olhando fixamente para a janela, Emilie pensara em como o clima ali presente identificava-se com seu interior, com tudo o que ela estava sentindo, com as coisas que a cercavam. Escura e vazia. Era assim que Emilie se sentia. Ela andava de um lado para o outro dentro de sua própria mente, procurando por respostas, enquanto uma enxorrada de perguntas preparava-se para inundar seus pensamentos. Ficou ali, parada, até que adormeceu.

Quando acordou, já era de manhã. Emilie levantou-se de sua cama e fez o que, típicamente, todos fazem ao levantar, lavou o rosto e escovou os dentes. Enxugando seu rosto com a toalha cor de salmão que ganhara de sua querida avó, ela se deparou com um bilhete caído ao lado de sua cabiceira. Parou. Olhou. Pegou o bilhete. E resolveu lê-lo:

"É isso mesmo o que você quer, Emilie? Não esconda-se da verdade que te assombra. Não adianta fugir. Eu sei de tudo. Eu estava lá no dia de sua morte, você não se lembra? Eu vi exatamente tudo o que lhe aconteceu naquela tarde ensolarada de sexta-feira. Eu vi seu corpo mutilado, vi o carro que a atropelou. Vi também os assassinos de sua família, eles eram os mesmos, os mesmos que a mataram. Não me diga que você não percebeu que a casa está completamente vazia? Como se sente? Você está pronta? Quem você está tentando enganar?"

Então, a garota pôde perceber que tudo o que ela mais queria era o que mais a assombrava: Uma sede insaciável de viver. Emilie começou a juntar os fatos e, percebera que estara novamente, vivendo aquele pesadelo que uma vez a aterrorizou. Foi no dia 17/08/1993, ás 17h53 que ela conheceu o que, jamais, ninguém gostaria de conhecer: A tão temida e questionada Morte. Foi então que ela, desesperada, correu para a rua sem saber exatamente para onde ir e em um piscar de olhos, Emilie, estava atirada no chão, sangrando. Ela havia sido atropelada e morta, novamente. Quase que inconsciente, ela olhou para os lados e pôde ver toda a sua família, também, morta.

O que poderia ter acontecido? Uma alma inquieta, talvez. Uma alma que não se sente bem com o que lhe foi preparado. A morte. Ah, a morte. Quem conseguirá desvendá-la? Qual seria o segredo dela? Ou até mesmo, quem dirá que ela possui um segredo?

É que algumas coisas simplesmente não tem explicação.

Sexta-feira, 17h53 - Agosto de 2009.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

ponto de partida.



Sem muitas apresentações ou satisfações. Meus bons modos estão muito bem guardados, não quero causar uma má impressão sobre mim, contudo, tenho poucas coisas a falar a meu respeito. Prontos?

Meu nome é Jéssica Ferreira e sou a dona do blog 'Um pequeno pedaço do céu', no qual, você está presente neste momento. Este blog não é, nada mais, nada menos, que, um simples espaço que criei para depositar algumas idéias, alguns pensamentos, algumas palavras (todos(as) de minha total autoria; ou, caso não forem, irei creditá-los, com toda certeza.)


Eu sou bastante cautelosa com exatamente tudo existente aqui, e espero que você, como leitor, seja também. Criei uma página falando sobre isso; Sobre meus textos e como distribuí-los/transmití-los corretamente. Enfim, espero agradar a quem futuramente lerá este blog, mas, caso isso não acontecer, a porta estará aberta para o mesmo retirar-se á qualquer momento.

Bom, isso é tudo o que eu, basicamente, preciso falar. E, seja bem-vindo(a) á meu blog.

Warning: Eu espero que, antes de mais nada, você tenha lido ás condições e regras deste local, correto? Caso não, experimente ler a página "Cuidado com o que faz" que está no superior da tela, um pouco abaixo do título. Obrigada.


Sem mais.